Primeiro Voo Solo de Parapente

 O primeiro voo solo é um dos grandes momentos de um piloto de parapente.

 

Todo processo de aprendizado com estudos sobre o equipamento, as condições de voo, meteorológicas e aerodinâmicas, as práticas e treinamentos culminam para o momento ao qual tiramos os pés do chão pela primeira vez. Voando assim para, inicialmente, um mundo de sensações desconhecidas, mas com a certeza de que se todo o processo foi realizado da maneira correta, com muito respeito e dedicação, a emoção, o prazer, a alegria e sobretudo a realização estarão presentes e o voo será bastante desfrutado. É um momento histórico na vida do piloto.

A ansiedade que precede o momento de tirar os pés do chão é grande, junto vem a adrenalina, o coração dispara. Neste momento é importante estar sereno e convicto de que se está preparado. O voo livre não é um esporte que permite hesitação. Há de se estar convicto e determinado em todas as ações. E a determinação e convicção vêm do treinamento e estudo. Desta forma, a partir do momento que se realiza a decolagem, um mundo novo se abre. Onde percebemos a grandeza da natureza que vivemos, seu poder, e percebemos como somos pequenos nesse processo. Mas, se com sabedoria, respeito e reconhecimento das nossas limitações, podemos usufruir dessas forças da natureza em buscas de sensações incríveis e um autoconhecimento ímpar que poucos esportes podem proporcionar ao ser humano.

 Desta forma, apresento o meu momento histórico, o momento que um novo mundo se desencantou, meu primeiro voo solo de parapente.

Voo realizado em 13 de Fevereiro de 2015 as 13h35, numa sexta-feira 13, para os supersticiosos.
No Clube São Conrado de Voo Livre (CSCVL), Rio de Janeiro.

Carlos Perrota